terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Arte de Amar - Elizabeth Edmondson [Opinião]

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Título: A Arte de Amar
Autora: Elizabeth Edmondson
Págs.: 400
Preço: 15,00 €

Sinopse
Escândalo, romance e intrigas familiares pela mão da autora do bestseller Uma Villa em Itália.Polly Smith está a tentar sobreviver enquanto artista quando Oliver, seu amigo e mecenas, a convida a ir para casa do pai no Sul de França. Entusiasmada por poder fugir do frio e da chuva de Londres e do noivo monótono, Polly pede a sua certidão de nascimento para poder requerer um passaporte. Mas é aí que o seu mundo desaba: aquela que sempre pensou ser sua mãe é, na verdade, sua tia; a identidade do pai é desconhecida e até o seu próprio nome não está correcto.A sua “fuga” para o sol da estimulante da Riviera imprime uma nova vida à sua pintura, mas nem tudo corre bem na mansão onde está hospedada. O pai de Oliver foi forçado a abandonar a Inglaterra no meio de um escândalo e, apesar do sofisticado e cosmopolita grupo de amigos que o rodeia, está prestes a ser apanhado pelo seu passado. E, embora Polly se encontre no centro de uma teia de mentiras, o seu próprio futuro começa a tomar um novo e fascinante rumo…


A minha opinião
Início do Século XX. Duas mulheres distintas encontram-se a braços com um possível casamento que não sabem se devem aceitar. Por um lado temos Polly, que se vê dividida entre uma vida de maior liberdade, voltada para a grande paixão, a pintura, ou uma vida mais confortável como esposa do jovem médico Roger, uma pessoa possessiva e autoritária. Cynthia, uma mulher que se acaba de divorciar (mal visto na altura e que é alvo de diversas críticas por parte da sociedade), com uma filha na adolescência que hesita em casar com Walter, um homem muito rico que a presenteia a toda a hora. Mas será que o ama?
A maior parte da trama do livro passa-se com as frequentes indecisões destas duas mulheres e sobretudo do dia-a-dia de Polly, uma jovem artista que descobre não ser quem realmente julga que é. Quando precisa de tirar o passaporte, descobre que o nome Polly Smith não consta na lista de cidadãos londrinos, o que a faz descobrir que a pessoa que julga ser sua mãe é na verdade sua tia.
Sem que saiba, toda a sua vida vai mudar com esta revelação.
A dificuldade porque passavam os artistas no início do séc. XX, e os traumas dos combatentes da I Guerra Mundial, é retratada fielmente pela autora.
Dificilmente um pintor poderia viver apenas do seu talento ou do seu trabalho, tendo de se “sujeitar” a fazer outros tipos de trabalho menos “meritórios”, mas mais vendáveis. Exemplo disso é a pintura erótica para uma revista ou falsificação de quadros para uma galeria.
Em Paris, Polly descobre também outros estilos que começam a florescer na época como o cubismo e o mestre Picasso ou o surrealismo de Dali. Aí vive momentos de liberdade e êxtase onde se entrega totalmente à arte de pintar.

Excerto
«Quando uma pessoa não se conhece a si própria, como pode sequer compreender os outros?»

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