sábado, 3 de abril de 2010

A Filha do Regedor - Andrea Vitali [Opinião]

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Título: A Filha do Regedor
Autor: Andrea Vitali
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 352
Editor: Porto Editora
PVP: 17,40€

Sinopse:
1931. Enquanto a Itália dá os primeiros passos no fascismo, uma pequena cidade situada nas margens do lago de Como está em polvorosa.
Agostino Meccia, o regedor de Bellano, está determinado a implementar na localidade um projecto ambicioso: uma linha de hidroaviões que ligará Como, Lugano e Bellano. O empreendimento dará prestígio à sua administração, atrairá uma multidão de turistas e fará a inveja dos municípios vizinhos. Uma ideia brilhante... não fosse um problema de tesouraria. Porém, contra todas as contestações, Agostino Meccia não se coíbe de exercer o seu poder totalitário, recorrendo aos fundos reservados do município para levar os seus planos avante. Tudo parece estar a correr-lhe de feição, até que as complicações começam a surgir...

Por outro lado, a súbita paixão entre a sua filha, a jovem Renata, e Vittorio, o filho do padeiro Barbieri, ameaça trazer a lume um segredo que porá em causa a honra de ambas as famílias.

A minha opinião:
Foi uma agradável surpresa ler este “A Filha do Regedor” de Andrea Vitali. Com uma escrita leve e por vezes até divertida, o autor conta o quotidiano da uma pequena população residente em Como, onde toda a gente se conhece.
Agostino Meccia, o regedor da mesma localidade, é um homem ligado ao fascismo, e leva o seu poder muito a peito. Ele é a autoridade, ele é quem manda ali. O desejo de se tornar conhecido pelo seu trabalho leva Agostino a projectar uma ideia megalómana para aquele tempo: uma linha de hidroaviões que leva a população a viver um sonho. Quando o primeiro hidroavião viaja até Como as gentes de lá ficam em polvorosa.
Mas o que vai acontecer depois vai mudar a vida de muita gente, incluindo a da sua própria filha. Renata, filha de Agostino Meccia, apaixona-se por Vittorio, filho do padeiro, ex-melhor amigo de Meccia. E é essa amizade, ou melhor, a falta dela, que faz com que esse amor entre os dois jovens seja proibido. E só com a ajuda preciosa de uma idosa de 82 anos, a “tia” Rosina, é que os jovens se podem, finalmente, casar.
Andrea Vitalli sabe prender o leitor a uma história dos inícios dos anos 30 e transporta-nos a esse tempo como ninguém.

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