quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A jornalista Maria João Martins estreia-se no romance

Título: Como o ar que respiras
Autor: Maria João Martins
Págs: 152
PVP: 15.00 €

Como o Ar que respiras tem como pano de fundo a vida da poetisa Elizabeth
Browning

Este romance conta a história de uma londrina e um português que partilham uma pesquisa sobre a vida e obra da escritora vitoriana Elizabeth Barrett Browning. Inspirado num dos sonetos da poetisa, Maria João Martins apresenta um romance com maturidade e cuidado rigor narrativo.

Sinopse:
Separados pela Geografia, Angie e Gabriel encontram-se na paixão pela beleza deste verso de Elizabeth Barrett Browning, mas também pela desmesura do sentimento que traduz. Ela está em Londres e ele em Lisboa, mas o trabalho sobre a vida e a obra literária da autora vitoriana levá-los-á ao confronto consigo mesmos, com os seus sonhos e medos. Gabriel teme que a vida nunca lhe dê o bastante e Angie, a braços com um passado perturbador, parece já não confiar na redenção. Mas, se um poema, ou uma carta, não for apenas um conjunto de palavras, mas um rastilho capaz de desencadear um incêndio, muito depois de ter sido escrito, o que poderá acontecer?

Sobre a autora:
Maria João Martins quis ser médica, professora, realizadora de cinema e cenógrafa, mas acabou por não resistir à tentação da escrita. Nascida em Vila Franca de Xira em 28 de Junho de 1967, tornou-se jornalista, aos 20 anos, no extinto Diário de Lisboa e hoje é redactora do Jornal de Letras, Artes e Ideias, sendo ainda colaboradora das revistas Vogue, Máxima, Visão e DIF. Licenciada em História e mestre em História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa pela Faculdade de Letras de Lisboa, foi professora universitária durante 5 anos e assinou um programa de História na RDP- Antena 2 durante dois anos. Recebeu vários prémios de jornalismo, entre os quais o de Revelação de Reportagem do Clube Português de Imprensa e o Júlio César Machado da Câmara Municipal de Lisboa. Como autora publicou vários estudos de História, nomeadamente Divas, Santas e Demónios - Mulheres Portuguesas e O Paraíso Triste - O Quotidiano em Lisboa durante a IIª Guerra Mundial. Estreou-se na ficção com a novela Escola de Validos (2007).

Soneto:
Como gosto de ti? Deixa contar
Os modos. Com a altura, a extensão,
E a largueza da alma, quando vão
Seus desejos o Bem a procurar.
Amo-te simplesmente, como o ar
Que respiras. Ao sol, na escuridão.
Com a audácia de um livre coração;
Co’o o pudor que a lisonja faz falar.
Amo-te co’o desejo, com a ânsia
Que na dor tive; com a fé da infância;
Com esse amor que sempre cri perder,
Perdendo os meus. Amo-te sempre: andando,
Chorando, rindo, lendo, respirando…
E hei-de amar-te melhor, quando morrer.

in Sonetos Portugueses, de Elizabeth Barrett Browning, ed. Relógio de Água, trad. Manuel

Corrêa de Barros

Sem comentários:

WOOK - www.wook.pt