quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sugestão histórica da Esfera dos Livros para o fim-de-semana - De Ourique a Aljubarrota, de Miguel Gomes Martins

Com base em fontes documentais e narrativas e num conjunto actualizado de bibliografia portuguesa e estrangeira, este livro apresenta-nos um novo olhar sobre alguns dos principais episódios militares da História Medieval Portuguesa. Ao longo de um período compreendido entre 1139 e 1385 e depois de uma síntese sobre os exércitos e os tipos de operações militares característicos da Idade Média, esta viagem percorre 15 teatros de operações, boa parte dos quais, analisados pela primeira vez na perspectiva da História Militar.
São objecto de análise: a Batalha de Ourique (1139), as conquistas de Santarém e de Lisboa (1147), a expedição lançada pelo infante D. Sancho contra as imediações de Sevilha (1178), a conquista definitiva de Alcácer do Sal (1217), a guerra civil que opôs D. Sancho II ao conde de Boulogne (1245-1248), a conquista de Faro (1249), a campanha portuguesa contra Castela (1296), a guerra luso-castelhana (1336-1338), a Batalha do Salado (1340), os cercos castelhanos de Lisboa (1373 e 1384), o cerco de Almada (1384), a Batalha naval do Tejo (1384) e a Batalha de Aljubarrota (1385).


Sinopse:
A 24 de Julho de 1139, a hoste de Afonso Henriques, é interceptada pelas forças almorávidas quando cruzava o Campo de Ourique em direcção a Coimbra. No dia seguinte, sob o quente sol de Verão, os dois exércitos são dispostos em formação de batalha. A superioridade muçulmana parecia fazer adivinhar vitória certa, mas o exército cristão, comandado pelo próprio príncipe, dispunha de um importante trunfo táctico: a cavalaria pesada. Um autêntico «tanque de guerra da Idade Média». É com a Batalha de Ourique que o historiador Miguel Gomes Martins começa a traçar o retrato de 15 dos mais emblemáticos teatros de operações da História Militar Medieval portuguesa. Ao longo destas páginas, apoiados em mapas e esquemas, mas também em imagens da época, revisitamos campanhas, batalhas, cavalgadas e cercos, observamos os territórios onde se deram estes confrontos, as estratégias e dispositivos tácticos escolhidos pelos comandantes, os meios humanos e logísticos envolvidos, conhecemos os problemas com que se debatiam os exércitos, da falta de mantimentos e de água, às epidemias que matavam homens, analisamos a evolução do armamento defensivo e ofensivo ao longo de 250 anos, terminando esta viagem com a Batalha de Aljubarrota, que a 14 de Agosto de 1385 deu a vitória ao exército de D. João I, comandado pelo Condestável do reino, D. Nuno Álvares Pereira, perante a hoste franco-castelhana de D. Juan I.

Sobre o autor:
Miguel Gomes Martins nasceu em Lisboa em Fevereiro 1965. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é mestre e doutor em História da Idade Média pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Autor de vários livros de História Militar Medieval; Lisboa e a Guerra (1367-1411); A Vitória do Quarto Cavaleiro – O Cerco de Lisboa de 1384; A Alcaidaria e os Alcaides de Lisboa (1147-1433); e, As Cicatrizes da Guerra no Espaço Fronteiriço Português (1350-1450), em co-autoria com João Gouveia Monteiro. É Técnico Superior do Arquivo Municipal de Lisboa e investigador integrado do Instituto de Estudos Medievais e colaborador do Centro de Estudos de História da Sociedade e da Cultura.

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