quarta-feira, 20 de julho de 2011

Faulkner e Aquilino em Julho na Bertrand

Título: Quando os Lobos Uivam
Autor: Aquilino Ribeiro
Chancela: Bertrand Editora
Colecção: Obras de Aquilino Ribeiro
Género: Grandes Romances
Nº de páginas: 248
PVP: 15,90€
Nas livrarias a 22 de Julho

Serra dos Milhafres, finais dos anos 40, o Estado Novo resolve impor aos beirões uma nova lei: Os terrenos baldios que sempre tinham sido utilizados para bem comunitário e onde essa comunidade retirava parte vital do seu sustento, seriam agora “expropriados” e utilizados para plantar pinheiros. Emerge um clima de medo nas pessoas e é esse clima que Manuel Louvadeus, que havia emigrado para o Brasil anos antes, vem encontrar quando regressa à aldeia.
Agora um Homem vivido e culto, Manuel tem uma visão e um sentido de justiça que rapidamente o fazem cair nas boas graças do povo. Toma então parte da sua gente, homens honestos e humildes que trabalham de sol a sol mas que não deixam de viver em condições miseráveis. A revolta acaba por suceder e tudo acaba numa caçada aos homens por parte da polícia que leva muitos deles à prisão acusados de serem instigadores e cérebros da revolta. O Estado mostra então todo o seu esplendoroso poder. Aqui representada está a saga dos beirões na defesa dos terrenos baldios perante a ditadura do Estado Novo.

«Manuel Louvadeus dum galão subiu os degraus. Em cima, no patamar, topou a porta fechada e deteve-se, quando ia para bater, como quem toma fôlego. Com a breca, achava tudo tal e qual! Os dez anos de ausência apagaram-se como um sopro perante a obsessiva eternidade que se lhe oferecia ao lance de olhos. (…) Que distância, anos e anos que correram na levada do tempo, e as coisas conservarem-se ali iguaizinhas, estáticas, teimosas no seu ar de encantamento! Talvez mais velhas… Sim, mais velhas, ferradas mais fundo pelos dentes da morte e a despenhar-se na voragem como as telhas do beiral. E haviam, porventura, de resistir aos vaivéns mais que o coirão dum homem, entretanto que se fartava de dar tombo por esses mundos de Cristo?!»

Sobre o autor:
Aquilino Ribeiro nasceu na Beira Alta no ano de 1885 e morreu em Lisboa em 1963.
Deixou uma vasta obra em que cultivou todos os géneros literários partilhando com Fernando Pessoa, no dizer de Óscar Lopes, o primado das letras portuguesas do século XX. Foi sócio de número da Academia das Ciências e, após o 25 de Abril, reintegrado, a título póstumo, na Biblioteca Nacional, condecorado com a Ordem da Liberdade e homenageado, quando do seu centenário, pelo Ministério da Cultura. Em Setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.

Outras obras de Aquilino Ribeiro:

- O Malhadinhas
- As Três Mulheres de Sansão
- O Servo de Deus e a Casa Roubada
- Geografia Sentimental
- A Casa Grande de Romarigães
- O Galante Século XVIII
- Um Escritor Confessa-se
- Romance da Raposa
- Aldeia: Terra, Gente e Bichos
- D. Quixote De La Mancha
- Príncipes de Portugal. Suas Grandezas e Misérias

Título: O Intruso
Autor: William Faulkner
Chancela: Bertrand Editora
Género: Ficção

Tradução: M. J. Fernandes
Nº de páginas: 232
PVP: 15,90€

Nas livrarias a 22 de Julho

«Era meio-dia desse domingo quando o xerife chegou à cadeia com Lucas Beauchamp, embora toda a cidade (para não dizer todo o condado) soubesse já desde a noite anterior que Lucas matara um homem branco.»

Prémio Nobel da Literatura em 1949, vencedor de dois National Book Award e dois prémios Pulitzer.

Passado numa cidade sulista da América, O Intruso aborda os preconceitos raciais, partindo de uma situação em que um negro que se recusa a adoptar uma atitude tipicamente servil é acusado de matar um branco. Ajudado pelo seu advogado Gavin Stevens, personagem recorrente nas obras do autor, vai travar uma longa batalha pela justiça.

O livro foi adaptado ao cinema por Clarence Brown, em 1949.

Sobre o autor:
William Faulkner (1897–1962) é considerado um dos maiores escritores do século XX. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1949 e o National Book Award em 1951 e em 1955. Foi também vencedor de dois prémios Pulitzer.
É autor de romances fortemente psicológicos e simbólicos, cujas personagens vivem situações desesperadas, que retratam a decadência do Sul dos Estados Unidos.
Em 2010, a Bertrand Editora publicou o livro Santuário.

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