sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Lacuna - Barbara Kingsolver [Opinião]


Título: A Lacuna
Autor: Barbara Kingsolver
Tradução: Eugénia Antunes
PVP: 18,90 €
N.º de Páginas: 494


Filho de mãe mexicana e de pai norte-americano, Harrison Shepherd nasceu nos Estados Unidos. Ainda menino mudou-se com a mãe para o México e foi aí que conheceu Diego Rivera, Frida Kahlo e León Trotsky, o grande líder político que, nessa altura, vivia exilado em terras mexicanas.

Atravessando um dos períodos negros da história da América e as décadas de 30, 40 e 50 no México, misturando personagens ficcionadas com figuras e acontecimentos históricos, A LACUNA é uma odisseia emocionante, rica e ousada sobre a forma como a História pode marcar o destino de cada um, não obstante as suas melhores intenções.

A minha opinião:
Parti para a leitura deste livro cheia de curiosidade até porque a junção de nomes como Diogo Rivera, Frida Kahlo (sobretudo) e León Troysky, sempre despertaram a minha curiosidade. Mas, contudo, não posso dizer que fiquei completamente arrebatada pela sua leitura. Talvez pela dimensão do livro que, a páginas tantas, achei bastante monótono, talvez pela descrição demasiado excessiva da vida do jovem escritor Harrison Sepherd e de momentos menos interessantes por ele vividos ao lado da própria Frida e pouco significativos, a meu ver, o que é certo, é que esperava bem mais deste livro.
No entanto, é de ressalvar, a riqueza histórica por demais evidente. Escrito sob a forma de memórias de Harrison Sepherd, um rapaz que desde muito novo vai anotando tudo no seu diário, passando por cartas e jornais, Barbara Kinsolver transporta o leitor aos períodos negros da América e do México dos anos 30, 40 e 50. É através do protagonista que acabamos por conhecer a maravilhosa pintura de Diego Rivera e Frida Kahlo quando estes o aceitam como seu cozinheiro-secretário, assim como temos oportunidade de “conviver” com o exilado político León Troysky, a quem eles dão asilo, em sua casa.
Com o assassinato do líder revolucionário, e aproveitando uma exposição de Frida nos EUA, Shepard parte com ela para aquele que também é o seu país se origem e ali permanece tornando-se num escritor famoso, mas não menos injustiçado. É aqui que tem início a segunda parte do livro.
Um homem apartidário, sem nunca se ter expressado simpatizante por qualquer partido político é perseguido pelo FBI por se mostrar demasiado ligado ao Partido Comunista e acusado de ser favorável ao derrube do Governo dos Estados Unidos.

1 comentário:

Unknown disse...

Li igualmente muito recentemente um livro da história de Trotski, grande parte da mesma é passada no México e é contada na terceira pessoa por um escritor Cubano. O livro é "O homem que gostava de cães" e aborda igualmente a guerra civil de Espanha o Estalinismo e o amor, a não perder igualmente.

WOOK - www.wook.pt