segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Apresentação de 'Continuar a tentar pensar', de São José Almeida

É urgente pensar sobre o nosso país e sobre o caminho que temos vindo a percorrer. São José Almeida junta-se a Maria José Casa-Nova, Ana Benavente, João Rodrigues e André Freire para a apresentação do seu novo livro Continuar a tentar pensar, colocado hoje nas livrarias. A sessão vai decorrer na próxima quinta-feira, dia 13 de outubro, às 18h30, no restaurante do El Corte Inglés de Lisboa.

1 comentário:

Mizé disse...

A CRISE ECONÓMICA EM PORTUGAL
A possível saída para a actual crise econômica portuguesa não é de ordem econômica, mas sim de comportamento. Há que mudar de mentalidade, relativamente ao consumo de bens e ao modo de se viver. A injecção de dinheiro emprestado, que mais tarde terá de ser pago, além de não resolver esta questão, a não ser no curto prazo e medianamente, corresponde a uma atitude de estagnação ou indiferença com a economia do país. Empréstimos esses que logo se convertem em aparente conforto e solução do problema. De há muito que quase todas as economias mundiais em situações de crise se apóiam em tais empréstimos, não havendo a preocupação com transformações de seus modelos políticos, econômicos, sociais e, principalmente, psicossociais, para não falar dos modelos culturais onde se fundamentam os primeiros. Um exemplo claro disto, verificável em Portugal, é o aumento de consumo pessoal e estilo de vida desafogado que se sucede após tais incrementos, de fundos provenientes de empréstimos externos. De pouco ou nada servem estes socorros se baseados nos actuais modelos de mentalidade, em que prevalece o espírito de viver-se acima do limite das posses pessoais. Tanto por parte do Estado quanto dos cidadãos. Parece haver como certo uma automática subida de padrão, e que a injecção monetária é resultado de um autêntico crescimento econômico, portanto, proveniente do PIB (Produto Interno Bruto). Entretanto, algumas medidas práticas já relacionadas a esta mudança de mentalidade, poderiam, se adotadas, em muito melhorar a actual crise. São elas: combate efectivo à corrupção, que pode parecer óbvio, mas que reflecte tomada de consciência e desejo de mudança do status quo; incremento da Indústria de Turismo e de produtos típicos portugueses; incentivo ao agronegócio; e reforma da auditoria do Poder Público; todavia, acompanhadas deste desejo maior de mudança de mentalidade, sem a qual tais medidas de nada adiantariam.
Fernando Figueirinhas.

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