Já não é só por simples
curiosidade, interesse ou desejo de aumentar a cultura geral (embora
também seja por tudo isso): para compreendermos o mundo aparentemente
louco em que vivemos, o conhecimento da nossa história tornou-se uma
questão de sobrevivência, um bem de primeira necessidade.
João
Ferreira, investigou e descobriu que a história de Portugal e do mundo
está cheia de episódios fantásticos, brutais, manhosos, picantes ou
mesmo bizarros, capazes de atrair as atenções e de ajudar a perceber
como nos tornámos.
Este
livro conta algumas dessas histórias, dá nomes e caras aos
protagonistas (reis, tiranos, heróis, traidores, espiões, bandidos -
tudo gente de carne e osso)e explica o contexto em que decorreram os
factos.
Aqui ficam alguns exemplos:
Alguns
dos mistérios mais perturbantes da história de Portugal e da história
universal são resultado de mentiras, mitos ou falsificações. É o caso,
por exemplo, dos mitos construídos à volta de D. Afonso Henriques ou dos
templários, de mistérios ainda por esclarecer, como o desaparecimento
do navio Angoche, com todos os seus tripulantes, durante a guerra
colonial, ou a bizarra “Matança da Páscoa”, que influenciou
decisivamente o destino de Portugal no período revolucionário de 1975.
D. Afonso Henriques: Mitos e mistérios do fundador de Portugal
Nasceu
com as pernas tortas e foi curado por milagre ou trocado por outro
menino. Bateu na mãe, que lhe rogou uma praga, e teve uma visão
sobrenatural que o ajudou a ganhar uma batalha decisiva – estes são
alguns dos mitos tecidos à volta de D. Afonso Henriques. O lugar onde
nasceu continua a ser um mistério mas a tese que aponta Viseu em vez de
Guimarães desencadeou uma polémica que tem feito correr muita tinta. Uma
coisa é certa: o primeiro rei deu provas de bravura guerreira, de
capacidade de liderança política e de sagacidade diplomática. A
existência de Portugal é disso testemunha – há nove séculos.
D. Pedro V e D. Estefânia, um casal virgem no trono de Portugal
Foi
curto e infeliz o reinado de D. Pedro V, porventura o mais culto e bem
preparado de todos os reis de Portugal, que deixou morrer virgem a
mulher, D. Estefânia, de quem apreciava sobretudo “a companhia”. São
muitos os pontos de contacto do mecenas de Alexandre Herculano com o seu
contemporâneo Luís II da Baviera, o protector de Wagner.
O tesouro dos templários veio parar a Portugal?
O
processo dos templários deu origem a um dos grandes mitos da história.
Condenados, carregaram durante séculos o labéu de gananciosos,
traficantes de relíquias, ocultistas, blasfemos e sodomitas. Mas terão
os monges-guerreiros sido, pelo contrário, valentes e sábios, diplomatas
esclarecidos, vítimas da inveja de um rei e da repressão de um Papa? A
verdade é que Portugal não alinhou na perseguição: em vez de caçar e
queimar templários, D. Dinis salvou-os. E o emblema dos herdeiros dos
cavaleiros do Templo – a cruz de Cristo – partiu à descoberta do mundo
nas caravelas do Infante D. Henrique.
A Matança da Páscoa
Existiu
ou não uma lista negra com nomes de militares e civis de direita que a
extrema-esquerda tencionava matar na Páscoa de 1975? Ou não terá passado
de uma provocação da secreta espanhola, desejosa de criar o caos para
invadir Portugal? Ou uma casca de banana do KGB soviético em que Spínola
escorregou e se espalhou ao comprido? O certo é que serviu de pretexto
ao “11 de Março”, o golpe que levou Portugal a viver os meses mais
revolucionários de toda a sua história.
O “Caso Angoche”, um mistério da guerra colonial
Passados
mais de 40 anos continua por esclarecer um dos casos mais misteriosos
da guerra colonial. Uma história da luta pela independência de
Moçambique com espionagem internacional, sangue e sexo à mistura.
Como os arquivos da PIDE foram parar ao KGB
A
publicação das memórias do antigo general do KGB Oleg Kalugin, em 1994,
vieram lembrar que Portugal também teve um papel na Guerra Fria.
Durante os meses de brasa do PREC (processo revolucionário em curso),
entre Abril de 1974 e Novembro de 1975, Lisboa voltou a ser um paraíso
de espiões, como 30 anos antes, durante a II Guerra Mundial. Mas em
meados dos anos 70, a URSS de Brejnev estava na ofensiva, com a América a
lamber as feridas da humilhação no Vietname e da vergonha do escândalo
Watergate.
Alves dos Reis, o maior burlão da História de Portugal
Falsificou
200 mil notas de 500 escudos mandando imprimi-las na mesma casa
impressora que fazia as verdadeiras notas do Banco de Portugal. Uma
vigarice de génio…
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