terça-feira, 19 de março de 2013

A Mãe Terra - Jean M. Auel [Opinião]

Título: A Mãe Terra
Autor:
Jean M. Auel
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 584
Editor: Clube do Autor
PVP: 18,50€

Sinopse:
Para se tornar na líder espiritual do seu povo, Ayla empreende uma emocionante viagem na qual descobrirá o fascínio e o misticismo das cavernas sagradas e das suas pinturas rupestres.
Caçadas, cerimónias sagradas e ritos matrimoniais são apenas alguns dos episódios que Jean Auel retrata com mestria. A autora reconstrói o modo de vida na Pré-História e faz deste livro uma criação histórica cativante, rigorosa e inesquecível.



A minha opinião:
Apesar de gostar imenso de romances históricos nunca tinha lido um que retratasse a Pré-História, a vida dos nossos antepassados há 35 mil anos. Estreei-me com este livro de Jean M. Auel e posso dizer que o balanço final foi muito bom.

Auel retrata com mestria o dia a dia dos habitantes da Idade do Gelo na Europa e revela que as mulheres tinham um papel preponderante na tribo, sendo elas uma espécie de matriarcas das cavernas.

Ayla, a personagem principal, é uma mulher forte, que apesar de vir de um outro clã, se adapta muito bem à sua nova tribo, os Zelandonis, e lhes traz muitos ensinamentos, sobretudo a nível medicinal.

É engraçado como conhecia tão pouco acerca destes povos, que achava tão rudimentares. No fundo, além da caça, este povo tinha vários tipos de conhecimento quer a nível de curativos, das estações do ano, acerca dos próprios filhos e descendentes. Mas o que mais me marcou foi o relacionamento entre eles.


Andando de caverna em caverna (os Zelandonis eram apenas sedentários no inverno), fui viajando no tempo e no conhecimento com Ayla, e a sua família, acompanhada também pelo lobo (um animal enternecedor, provevalmente o percursor do cão doméstico) e alguns cavalos, que não eram comuns naquela tribo.

Devo, contudo, confessar que me custou a entrar na história e que achei o seu início um pouco maçudo. Saltar de caverna em caverna não se tornou atrativo desde logo, mas a partir de umas quantas páginas, comecei a entrar na história, e que história!

Para os amantes de História, e também para os que desconhecem a Idade do Gelo, recomendo vivamente este livro, que me levou a viajar no tempo como nenhum outro.

Depois deste livro fiquei com curiosidade para, assim como  o autor, visitar o Abrigo do Lagar Velho, em Leiria, local onde foi descoberto "O Menino do Lapedo" em 1998, um fóssil que apresenta características modernas e arcaicas, resultado do contacto entre o homem de Neandertal e o Homem Moderno.


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