terça-feira, 18 de novembro de 2014

A Chave de Salomão - José Rodrigues dos Santos [Opinião]

Título: A Chave de Salomão
Autor: José Rodrigues dos Santos
Páginas: 624
Editor: Gradiva Publicações
PVP: 22€

Sinopse:
O corpo de Frank Bellamy, o director de Tecnologia da CIA, é descoberto no CERN, em Genebra, na altura em que os cientistas procuram o bosão de Higgs, também conhecido por Partícula de Deus. Entre os dedos da vítima é encontrada uma mensagem incriminatória.

The Key: Tomás Noronha

A mensagem torna Tomás Noronha o principal suspeito do homicídio. Depressa o historiador português se vê na mira da CIA, que lança assassinos no seu encalço, e percebe que, se quiser sobreviver, terá de deslindar o crime e provar a sua inocência.
Ou morrer a tentar.
Começa assim uma busca que o conduzirá às mais surpreendentes descobertas científicas alguma vez feitas.

Será que a alma existe?
O que acontece quando morremos?
O que é a realidade?

Com esta empolgante aventura que arrasta o leitor para o perturbador mundo da consciência e da natureza mais profunda do real, José Rodrigues dos Santos volta a afirmar-se como o grande mestre do mistério. Apesar de ser uma obra de ficção, A Chave de Salomão usa informação científica genuína para desvendar as espantosas ligações entre a mente, a matéria e o enigma da existência.

A minha opinião:
A Chave de Salomão traz novamente Tomás Noronha já conhecido dos leitores de José Rodrigues dos Santos e que irá desvendar a morte de Frank Bellamy, uma figura importante da CIA. Mas esta investigação é a história secundária naquele que é o 13.º livro escrito pelo jornalista.

A ideia deste romance surgiu depois de ter escrito A Fórmula de Deus, há oito anos, e aqui, José Rodrigues dos Santos (JRS) escreve sobre experiências de quase-morte na "voz" da mãe de Tomás e de física quântica, trazendo à cena Einstein, Bohr, Heinsenberg e a teoria da dupla fenda.

Confesso que A Chave de Salomão foi o livro que menos gostei de ler do autor e tudo porque nunca gostei de física. A parte em que JRS disserta sobre a dupla fenda, sobre partículas, os "campos fantasmagóricos" acredito que possam fascinar muitos leitores, mas para mim são um verdadeiro tédio.




Por outro lado gostei da experiência de quase-morte de dona Graça, onde descreve o que se passou quando estava completamente inanimada e não se podia lembrar de nada do que se tinha passado. JRS mostra exemplos de algumas experiências científicas na Holanda e Estados Unidos que levam a que se acredite que de facto algumas pessoas viveram mesmo essas experiências de quase-morte. Depois de mortas também se fazem experiências e o peso da alma é de 21 gramas. Acredite-se ou não.

O que faltou neste livro foram os criptogramas, os enigmas, as charadas, tão inerentes nos romances com Tomás Noronha, para a descoberta do crime de que o criptanalista é acusado por forma a tornar o livro mais interessante e não tão maçudo.



2 comentários:

São disse...

Olá, Maria :)
Ainda não tinha comentado aqui sobre a minha opinião , mas acho que mereces um feed-back da minha parte, até pelo apoio que me tens dado em alturas menos boas da minha vida, como a actual...

Este é, de todos os livros de José Rodrigues dos Santos, o meu autor favorito, aquele que me pareceu mais difícil, mas, nem por isso menos interessante. O que acontece é que estas teorias, relacionadas com Física Quântica são um bocado complexas, na medida em que chocam um bocado com o senso comum, tornando-se absurdas, se tivermos precisamente em mente o senso comum....
Por muito fascinante que tenha achado, este jamais seria o romance de José Rodrigues dos Santos que aconselharia a alguém que nunca tivesse lido um livro seu. Aliás, acho conveniente que se leia primeiro A Fórmula de Deus.

Uma coisa que me pareceu ficar pouco clara foi: em que é que a realidade das experiências de quase morte se toca com a Física Quântica? É que, a certa altura, as teorias sobre essas experiências e a própria vida após a morte parecem ser abandonadas, dando lugar a teorias sobre Física Quântica, sem haver um nítido elo de ligação... Se fzermos um esforço, chegamos lá, mas essa ligação é pouco explícita.

Em relação à história de fio condutor, nada demais a dizer. É uma história que entretém e que nos ajuda a ler , de forma mais leve e agradável e, através disso, apreendermos, de forma também agradável a informação verdadeira que nos é transmitida. Aliás, é com esse objectivo que ela existe :)

Gostei imenso do livro, apesar de ter sido o mais complicado de todos :)

Maria Manuel Magalhães disse...

Obrigada pelo teu comentário São.

É verdade quando dizes que devia haver um fio condutor em relação à parte em que se fala da física quântica e à parte da vida após a morte... o que deixa um pouco o leitor à deriva. Confesso que este livro é um pouco confuso e complicado de ler, apesar de ter trazido à baila um tema interessante que é vida após a morte. Relativamente à longa dissertação que ele faz sobre a física quântica eu achei um grande seca (em grande parte).

Venha o próximo ;)

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