segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A Vida Peculiar de um Carteiro Solitário - Denis Thériault [Opinião]

Título: A Vida Peculiar de um Carteiro Solitário
Autor: Denis Thériault
Páginas: 165
Editor: Clube do Autor
PVP: 14€

Sinopse:
Esta é a história de um carteiro solitário que vive a sua vida através dos outros, lendo a correspondência alheia antes de a entregar aos destinatários. Inesperadamente, esse carteiro assume a existência de outro homem e aproxima-se da mulher por quem se apaixonara. E assim começa uma apaixonante história de amor, uma relação única, intensa e bela vivida apenas através das cartas e dos poemas que trocam entre si. Mas durante quanto tempo poderá Bilodo continuar a viver aquela mentira - e aquele amor? Num registo intimista e tocante, Thériault explora os temas do amor, da imaginação, do sonho e das dimensões inconscientes do espírito humano.

A minha opinião: 
A vida de Bilodo é monótona e rotineira. Mas Bilodo não deixa de ser um carteiro peculiar. Isolado e pouco social entretem-se a abrir as cartas dirigidas aos moradores do seu giro e fantasia com a vida dos outros. Sem vida própria, Bilodo vive a vida dos outros.

No entanto, a sua vida ganha mais intensidade quando descobre por entre tantas cartas a de uma pessoa em particular: Ségolène. Bilodo fantasia cada vez mais e sonha que as cartas de Ségòlene lhe são dirigidas e acaba por criar um amor platónico pela mulher, que nem sequer conhece.

Bilodo apaixona-se pela escrita daquela mulher, pela escrita de Haikus e envolve-se cada vez mais numa vida imaginária.

Até que a vida lhe dá uma oportunidade única para se sentir ainda mais perto da mulher que ama. Um trágico acidente acaba por vitimar o destinatário das cartas de Ségolène, transformando-se Bilodo no destinatário actual. Bilodo personifica o antigo correspondente, aprende a técnica difícil da poesia japonesa e vive uma vida idílica. Mas nem tudo corre bem...

Lido em apenas um dia, este pequeno livro tinha tudo para dar certo. A história de um carteiro que vive apenas para ler a correspondência amorosa dos moradores podia ser mais bem explorada, o que não aconteceu. Durante as 165 páginas o autor acaba por não explorar muito a história, deixando algumas perguntas por responder.

No entanto, não deixa de ser uma boa história.


   



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