quarta-feira, 20 de maio de 2015

A Rapariga no Comboio - Paula Hawkins [Opinião]

Título: A Rapariga no Comboio
Autor: Paula Hawkins
N.º de Páginas: 320
PVP: 17,69€
À venda a  de junho

Sinopse:
No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente. Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada.
Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos. De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante. 

A minha opinião: 
Ter o privilégio de receber um exemplar de avanço de A Rapariga no Comboio, um dos livros mais aguardados do ano, foi assim que um gostinho algo inesperado mas que me soube tão bem... Primeiro porque adoro policiais, segundo porque acho esta ideia de brindarem os blogues literários com estes ARC uma excelente iniciativa (que devia ser repetida).

Paula Hawkins brinda-nos com livro com personagens marcadamente femininas. A personagem principal, alcoólica, obsessiva; uma outra adúltera, mas que ao mesmo tempo acaba por sofrer, sem sequer se aperceber da vigilância do marido, e a outra, que é simplesmente a outra...






Ao longo do livro, vamos conhecendo a personalidade de cada uma das três mulheres pelo testemunho das próprias, mas também pelo cunho da própria personagem principal que nos vai descrevendo o que acha de cada uma delas. O facto de passar todos os dias pela localidade onde duas delas vivem no caminho que faz todos os dias para Londres, faz com que fantasie sobre a vida de uma delas, criando uma vida que gostaria que ela tivesse. Cria uma nome para aquele casal que vê todos os dias naquela casa, uma profissão, e fantasia que têm uma relação amorosa como ninguém. Até que um dia vê algo que pode mudar o rumo da história...

No entanto, Rachel não é uma mulher que se goste facilmente. Decadente, mentirosa compulsiva, alcoólica, acaba por viver obcecada pela família que fantasiou e pelo seu ex-marido metendo-se na história de ambos os meios familiares criando um enredo por demais rocambolesco. No entanto, será ela a chave para todo o desenrolar do desvendar o crime.

Anna é também uma mulher desprezível, tendo-se destruído uma família sem qualquer remorso. Megan é uma mulher adúltera, instável e vazia.

Tom, aparentemente estável e calmo, poderá não ser assim tão linear. Scott, desequilibrado,ciumento, desconfiado.



À medida que vamos conhecendo cada uma das personagens vamos duvidando cada vez mais do seu carácter, revelando-se a história ainda mais sombria, o que torna este thriller ainda melhor do que todas a expectativas criadas à partida.


Excerto: 
Tenho demasiado medo de me aventurar na minha própria escuridão." pag. 106




2 comentários:

Shizuka disse...

Se já estava ansiosa pela chegada deste livro, agora ainda estou mais! Já agora aproveito para lhe dar os parabéns pelo blog, é fantástico!

Maria Manuel Magalhães disse...

Olá Filipa, este livro foi mesmo uma verdadeira surpresa.

Ainda bem que gostou do blogue. Espero que continue a visitá-lo ;)

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