quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Mesmo Antes da Felicidade - Agnès Ledig [Opinião]

Título: Mesmo Antes da Felicidade 
Autor: Agnès Ledig
N.º de Páginas: 296
PVP: 15,99 €

Guerra e Paz|Clube do Livro SIC

Sinopse:
Das lágrimas ao riso, um romance que nos faz regressar à essência da vida.

Há muito que Julie deixou de sonhar. Caixa num supermercado, mãe solteira, aos 20 anos passa os seus dias num trabalho mal pago à mercê de um patrão abusador. Não tem escolha: para dar o melhor que pode ao filho de três anos, Lulu, que é a luz dos seus olhos, a caixa Julie encaixa tudo isto e mais, se preciso for.

Mas um dia, o seu destino cruza-se com o de Paul, um cliente sexagenário que fala com ela, se comove com a sua situação e lhe estende a mão. Aos seus olhos, Julie não é uma mulher invisível, um robô que debita frases e suscita indiferença ou desprezo, mas uma mulher inteira, interessante, respeitável e respeitada. É este homem que, comovido com a sua história, a convida a ela e a Lulu para se juntarem a ele e ao seu filho Jérôme na sua casa de praia, na Bretanha. Magoada e abandonada pelo pai e por todos os homens que passaram pela sua vida, Julie desconfia de tanta generosidade. Mas por Lulu, para que o seu menino veja o mar e faça castelos de areia, ela acaba por aceitar…

Será que a felicidade encontrou finalmente o caminho da vida de Julie? Ou estará o destino apenas a preparar-se para lhe puxar o tapete – outra vez?

A minha opinião:
Este livro foi uma excelente surpresa. Chegou à minha caixa de correio sem ter dado por ele antes (não tinha visto a sinopse, não tinha chegado press), e surpreendeu-me logo. Acompanhado com um barquinho de papel e com uma capa linda quis logo lê-lo. Obrigada à Guerra & Paz, mas sobretudo à Vânia pela oferta :)

Li-o, mas a opinião só chegou agora.

Não porque o livro fosse mau. Pelo contrário. O livro é emotivo, e para quem tem uma criança com a idade próxima de uma das personagens ainda mais. Toca-nos no fundo. Faz-nos pensar ainda mais.

Quando somos mães pensamos as coisas de outra forma. Vemos o mundo de uma outra maneira. Lemos sobre um outro prisma.



Todos nós temos como rotina ir ao supermercado e quem repara na rapariga da caixa? O que é certo é que Paul, um sexagenário, acaba por reparar em Julie, uma jovem de 20 anos, que no seu posto de trabalho, atende cliente a cliente como uma máquina esperando que chegue ao fim o seu dia de trabalho, para poder estar com o seu filho de quase três anos. Ganha uma ninharia, mas esse pouco dinheiro serve para poderem subsistir. Mãe solteira, sem mais ninguém para a ajudar, vive o dia a dia, triste, com um emprego que odeia, pensando que podia ter um futuro mais risonho se pudesse ter continuado o seus estudos.

Quando Paul enceta conversa com ela, Julie pensa que ele se está a insinuar, até porque Paul podia ser pai dela, mas vê nele uma âncora, nem que seja por pouco tempo e acaba por aceitar o convite dele para almoço, e depois disso para passar férias com ele e com o seu filho, na praia...

Estas férias vão servir um pouco de terapia para cada uma das personagens, até porque cada uma delas tem um sofrimento interior. O que é certo é que o sofrimento não ficará apenas naquela casa de praia...

Aquele grupo de amigos continuará a ser posto à prova, mesmo parecendo que tudo está a compor-se.

Esta foi uma leitura magnífica e deveras surpreendente. Recomendo sem reservas.

4,5*




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