quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O Último Adeus - Kate Morton [Opinião]

Título: O Último Adeus
Autor: Kate Morton
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 632
Editor: Suma de Letras
PVP: 19,90€

Sinopse:
O melhor romance da autora reconhecida mundialmente pelo público e a crítica.

Numa majestosa casa de campo inglesa um miúdo desaparece sem deixar rasto. Setenta anos depois Sadie Sparrow, de visita a casa de seu avô, encontra uma mansão abandonada. Espreita através de uma janela e sente que alguma coisa terrível aconteceu nessa casa.

A minha opinião:
Quem já leu Kate Morton sabe que usa sempre a mesma fórmula, o mesmo padrão: o presente cruza-se com o passado com histórias que, aparentemente nada terão em comum, mas que lá para o final do livro se juntam e fazem sentido.

Cornualha, anos 30. A família de Alice Edevane chora o desaparecimento do seu irmão mais novo. Depois de buscas incessantes, e com a ajuda da polícia, que não descarta a hipótese de rapto já que a família é abastada, não conseguem encontrá-lo. Dado tal sofrimento, toda a família decide morar para Londres e abandonar em definitivo aquela casa que lhes causa tão más recordações.

Londres, 2003. Sadie vê-se a braços com um processo disciplinar que a obriga férias forçadas. Decide então viajar para a Cornualha, visitar o seu avô e reflectir sobre o seu anterior caso que a colocou naquela situação. Numa saída com os seus cães, descobre uma casa abandonada e fica intrigada com o que se terá passado naquele palacete, que lhe parece ter muitos mistérios guardados.

Apesar de suspensa de funções, Sadie continua com o bichinho da investigação e procura pistas sobre a casa abandonada descobrindo quase no imediato que a herdeira do palacete, Alice Edevane, é uma escritora de policiais famosa, qual Agatha Christie não descansa enquanto não chega à fala com ela. Mas isso só acontece mais para o fim da história.

Essa conversa vai ser determinante para o desvendar de todo o mistério em volta do desaparecimento do irmão de Alice. E, embora não tenha sido de todo uma surpresa, gostei bastante da forma como ele foi conduzido.

Cheio de personagens ricas e intrigantes, cedo nos apaixonamos por personagens como Alice, uma menina sonhadora, que depressa se vê ter talento para as artes, de tal forma que anda sempre com um bloco de notas; o seu pai Anthony, um homem carinhoso e apaixonado; Eleanor, mãe de Alice, cuja educação foi austera e reprimida, mas que viveu apaixonado por Anthony até ao fim dos seus dias; Deborah, irmã de Alice, mais terra a terra; Clementine uma maria rapaz que quis ser piloto na Segunda Guerra Mundial. Depois há ainda Constance, mais de Eleanor, uma mulher fria; Sr. Llewellyn, um amigo da família e o jardineiro Ben Munro.
Da atualidade surgem Sadie, o avô e Peter, o assistente de Alice, mas são as personagens dos anos 30 que me atraem mais. Essas são de facto as mais interessantes e as que enriquecem o livro, embora a história que faz com a Sadie seja suspensa também preencha uma parte da história.

Com tantas personagens fácil será reunir elementos como amor, lealdade, traições, stress pós-traumático, suspense, aliado a uma investigação desenfreada que me levou a devorar o livro e ao mesmo tempo a não querer que chegasse ao fim.

Muito bom!



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