terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Camillo Castelo Branco em edição estrambólica da Guerra e Paz

Título: O Que Fazem Mulheres
Autor: Camilo Castelo Branco
N.º de Páginas: 224
PVP: 15,50 €
Género: Ficção/Literatura Portuguesa
Nas livrarias a 20 de Janeiro
Guerra e Paz Editores

Sinopse:
Escrito como paródia aos folhetins românticos, O Que Fazem Mulheres começa com um diálogo entre mãe e filha: a primei­ra tenta convencer a segunda a casar-se por dinheiro e não por amor.

Esta é a história de Ludovina, uma jovem bela, de origem fidalga, mas sem dote que lhe possa arranjar marido. Sem intenções sérias, namora-a Ricardo de Sá, ambíguo «homem fatal», que dela diz esta frase desonrosa: «Lisonjeia um aman­te, mas não pode satisfazer as complicadas necessidades dum marido.» E há outro homem, João José Dias, regressado do Brasil, muito rico, muito velho, muito gordo.

Esta é, afinal, a história em que o fortuito arremesso de um charuto desencadeia excessos emocionais, nos quais en­contraremos, como Camilo anuncia, «bacamartes e pistolas, lágrimas e sangue, gemidos e berros, anjos e demónios».

Publicado em 1858, O Que Fazem Mulheres é um «romance fi­losófico», no sentido em que dele se podem retirar lições, por meio de máximas que exprimem uma filosofia da vida ou que proclamam ideias gerais sobre os dramas e os sentimentos do ser humano.

Sobre o autor:
«Trágico, épico, lírico, satírico — tudo isso foi Camilo», afirmou Jorge de Sena, falando da obra. A vida de Camilo foi igualmente tumultuosa e dramática.

Nasceu em Lisboa no dia 16 de Março de 1825. Foi romancista, mas também historiador, tradutor, cronista, dramaturgo e crítico.

Órfão de mãe com apenas um ano de idade, o pai morreu quando ele tinha dez anos. Casou com Joaquina Pereira aos 16 anos, em 1841, casamento de curta duração. Frequentou a Escola Médico-Cirúrgica, no Porto, mas não acabou o curso. Publicou pela primeira vez em 1845 e entregou-se à escrita, passando a viver exclusivamente dela. No meio de uma vida de boémia e paixões, conhece Ana Plácido, por quem se apaixona. Mas Ana Plácido casa-se com um comerciante do Porto, e Camilo, em 1850, passa por uma crise espiritual que o atira para o seminário. Foi um êxtase místico breve. Sai do seminário e toma uma decisão: seduzir e raptar Ana Plácido. É o que faz. Escândalo público. Andam a monte até serem presos, mas acabam por ser processados por crime de adultério. Hão-de ser absolvidos. Passam a viver e juntos e casam-se mais tarde. Na iminência de cegueira, Camilo suicida-se a 1 de Junho de 1890.

Amor de Perdição foi o romance que definitivamente o consagrou como escritor. A sua obra literária foi reconhecida em vida, do que é prova maior a homenagem que lhe prestou a Academia Real das Ciências de Lisboa: era o escritor mais celebrado de Portugal.


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