quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Pai - Anders Roslund & Stefan Thunberg [Opinião]

Título: O PAI
Autor:
Anders Roslund & Stefan Thunberg
N.º de Páginas: 520
PVP: 21,90€

Um thriller intenso e inquietante inspirado na extraordinária história real de três irmãos – os irmãos de um dos autores deste romance, Stefan Thunberg - que cometeram dez audaciosos assaltos a bancos na Suécia, em apenas dois anos.
Nunca nenhum cometera um crime.
Todos tinham menos de vinte e quatro anos.
Transformaram-se nos criminosos mais procurados da Suécia.
O seu vínculo foi forjado enquanto cresceram sob o jugo de uma família violenta.
E do homem que os moldou dessa forma: o pai.
Quando o seu incrível percurso chegou ao fim no turbilhão da imprensa internacional, todos mudaram para sempre como indivíduos e como família.
Baseado numa série de acontecimentos violentos e macabros que marcaram a Suécia na década de 1990, o livro é a história de um destino comovente de uma família, do amor que une três irmãos e da complexa relação entre pais e filhos.
O livro é narrado a dois tempos: no passado, onde podemos perceber a dinâmica familiar, assim como a tirania e influência negativa do pai, e no presente, onde decorrem os assaltos.
A fuga durante meses do trio de assaltantes que ludibriava a polícia acaba com a sua prisão pelo detective John Bronk e com uma pena exemplar na história da Suécia.

A minha opinião: 
Baseado na história verídica de Stefen Thunberg, um dos autores do livro, O Pai foi uma leitura aliciante entre o saber a história de um pai violento e de três filhos que se transformam em assaltantes de bancos e causaram o terror na Suécia durante dois anos, na década de 90.

Narrado entre dois espaços temporais completamente diferentes, (infância dos assaltantes e presente), vamos percebendo toda a violência que padeceram estes três miúdos, assim como a mãe destes, que na última tareia que sofreu quase que morria às mãos de um homem que abusava da bebida e da violência. Mesmo depois de fugir de casa, a pobre mãe era perseguida pelo marido que, fazendo-se acompanhar por um dos filhos, tentou incendiar a casa onde morava com o pai desta, para que morresse queimada. Tudo isto afecta as jovens crianças, que acabam por viver sempre na violência e fazem dela um modo de vida. 

Habituados a defenderem-se usando a força desde muito novos (os autores descrevem muito bem como o pai os ensinou a defenderem-se de uma tentativa de bullying na escola), tudo dava a entender que Leo, Felix e Vincent não seguissem os passos do pai. No entanto, a vida dá uma volta e, juntamente com o amigo de infância de um dos irmãos, Jasper, entram numa onda de assaltos a carrinhas de valores e depois a bancos de tal forma bem feitos que ninguém parecida saber de quem se tratavam.

Porém, nem sempre a violência gera violência e Stefan soube, a um dado momento, dizer não e acabar por não participar em nenhum destes assaltos, acabando por ser um mero espectador de toda a trama.

Apesar de não vir explicado no livro, daí ser parte dele ficção, no final da obra vem uma entrevista entre Anders Roslund jornalista que se encarregou do caso na altura e o próprio Stefan Thunberg, que ajudam a perceber um pouco melhor da história do "Gangue Militar", nome que a imprensa atribuiu ao grupo de assaltantes, seus irmãos.

A realidade cruza-se com a ficção, mas isso não faz com que o livro perca o interesse, muito pelo contrário. Faz-nos questionar certas coisas, é certo, mas dá-nos curiosidade em querer saber mais.

Sou fã de histórias verídicas e se bem escritas e aliadas a factos policiais ainda melhor. São ingredientes perfeitos para darem um bom livro, que culminará num filme. Os direitos do livro já foram comprados pela Dreamworks e a realização ficará a cargo de Steven Spielberg. 




1 comentário:

Dora disse...

Deixaste-me curiosa com este...

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