terça-feira, 10 de maio de 2016

O Quinto Evangelho - Ian Caldwell [Opinião]

Título: O Quinto Evangelho
Autor: Ian Caldwell
Título Original: The Fifth Gospel
Tradução: Maria do Carmo Figueira
Páginas: 504
Coleção: Grandes Narrativas N.º 631
PVP: 21,90€

Uma semana antes da inauguração de uma exposição de arte nos museus do Vaticano, Ugo Nogara, o curador responsável, é encontrado morto em Castel Gandolfo. A polícia papal não consegue descobrir o autor do crime, e o padre Alex Andreou, amigo do curador assassinado, decide investigar por conta própria. Para encontrar o homicida, tem de desvendar o segredo do curador – a verdade dos evangelhos acerca da relíquia sagrada mais controversa e misteriosa do Cristianismo. Porém, quando começa a compreender os contornos da morte de Ugo Nogara, e as suas consequências para o futuro das Igrejas Católica e Ortodoxa, o padre Alex apercebe-se de que também corre perigo. Este thriller arrebatador, baseado numa profunda investigação histórica e bíblica, dá-nos a conhecer os meandros da Santa Sé.

A minha opinião: 
Depois de ter lido A Regra de Quatro em 2012 era com grande expectativa que aguardava um novo livro do autor Ian Caldwell. O Quinto Evangelho demorou dez anos a ser escrito. Felizmente, como não tinha lido o seu primeiro livro aquando da sua saída, não precisei de esperar tanto tempo para ler a segunda obra. 

Tal como no seu anterior livro, Caldwell junta o thriller e o romance histórico, transformando a leitura de O Quinto Evangelho muito atractiva e fascinante. 

Através da morte do curador de arte Ugo Nogara, o autor conta a história de "rivalidade" entre dois irmãos que se encontram em pólos opostos na Igreja: um pertence à igreja Católica outro à Ortodoxa, levando, por isso, estilos de vida completamente diferentes no interior do Vaticano. O que torna este livro ainda mais interessante de ler e de descobrir. 

Ao contrário da Igreja Católica, a Ortodoxa permite que os seus padres casem e tenham filhos, antes da sua ordenação. Alexandre é disso exemplo. Assim como o seu pai e pai de Simão. Gostei de acompanhar o dia a dia do narrador, tanto na investigação da morte do seu amigo, como na educação do seu filho, sozinho, uma vez que a sua mulher abandonou a casa ainda o filho de ambos era um bebé. Acredito que não deva ser fácil para um homem, ainda para mais sacerdote, cuidar de uma criança.

Se Simão é o primeiro a ver o corpo de Ugo, é Alex, o irmão Ortodoxo que começa a investigar a morte do amigo de ambos e a descobrir a verdade dos evangelhos o que poderá estar por detrás do Sudário de Turim, o ponto fulcral da exposição que Ugolino Nogara estava prestes a inaugurar. 

Ao longo de 500 páginas vamos acompanhando Alex, o narrador no livro, nos meandros do Vaticano, conhecendo um pouco dos mistérios em volta do Estado mais secreto do mundo, assim como dos Evangelhos e as suas discrepâncias, dando relevo para o Evangelho de João, quarto e o último a ser escrito. 

Toda esta informação é bem explicada ao longo do livro, mas por vezes confesso que se tornou um pouco repetitiva, o que tornava a sua leitura morosa em algumas partes. No entanto, a vontade de querer saber mais sobre o Vaticano e sobre a morte de Ugo levou-me a não querer largar a sua leitura.

O Quinto Evangelho é recomendado a todos os que gostam de uma boa leitura que junte segredos do Vaticano e com algum thriller




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