sábado, 30 de julho de 2016

A ilha da Entrada - Peter May [Opinião]

Título: A ilha da Entrada
Autor: Peter May
Editora: Marcador
Nº de Páginas: 480
PVP: 20€

Sinopse:
O detective Sime Mackenzie é enviado desde Montreal para investigar um assassinato na remota ilha de Entry Island, a milhares de quilómetros de distância do território canadiano, atrás de si deixa uma vida de insónia e arrependimento. Mas o que parecia ser um simples caso, com uma simples resolução ganha dimensões perturbadoras quando conhece o principal suspeito, a mulher da vítima, e está convencido de que a conhece – mesmo que nunca a tenham visto antes. E quando a sua insónia é pontuada por sonhos de uma Escócia distante, situada num outro século, este crime no golfo de St. Lawrence leva-o por um caminho que ele nunca teria antevisto, forçando-o a enfrentar um conflito entre o seu dever profissional e o seu destino pessoal.
Com as noites assombradas por estas recordações de uma Escócia, a quase cinco mil quilómetros de distância, nos seus sonhos de um passado distante, a viúva da vítima tem um papel principal no desfecho. A certeza de Sime torna-se então obsessão e, apesar das provas incriminatórias, ele dá por si convencido da inocência da mulher. E como prova-lo e onde o levará esta certeza?

A minha opinião: 
Apesar de não pertencer à trilogia de Lewis, e já estar à espera que seja publicado o terceiro e último livro da mesma, fiquei muito curiosa com este novo livro de Peter May. 
Embora independente, A Ilha da Entrada aborda novamente a vida nas diversas ilhas escocesas e na história das mesmas. E a maior parte dos acontecimentos é real. 

Sime Mackenzie, detective em Montreal, é chamado para investigar um caso de assassinato em Entry Island. Aparentemente trata-se de um caso passional, e a viúva é a principal suspeita. Naquela remota ilha não existe policia, e os habitantes tendem, por norma, a deixar as casas abertas, dada a tranquilidade da zona. O certo é que uma pessoa foi brutalmente assassinada e a companheira da vítima também não ficou em muito bom estado. 

Mal interroga Kirsty, Sime sente que a conhece de qualquer lado, embora a jovem viúva não se lembre dele e praticamente nunca tenha saído daquele local. 

Tudo isto vai mexer com Sime, que se encontra fragilizado com o fim do seu casamento. A somar a isso, terá de trabalhar com a sua ex-mulher, que também foi destacada para o caso. Com vários fantasmas do passado por resolver, Sime mostra-se um detective bastante inseguro e fragilizado, que vai cometendo alguns erros ao longo da investigação. Mas, a investigação, apesar de ser o mote para o livro, não é a parte mais importante do mesmo. 

Escrito de uma forma magistral, vamos  acompanhando a história de algumas ilhas escocesas, sobretudo de Lewis e Harris, no século XIX, através dos sonhos de Sime e de um diário escrito pelo seu avô e também seu homónimo. Esta história vai ensombrar o detective, que vive numa permanente obsessão por ela. 

Esta história dá-se em paralelo com a investigação, que teima em não avançar. Os habitantes da ilha são poucos e parece não haver suspeitas acerca de nenhum deles, já que os principais beneficiados com a morte de Jack têm álibis fortes.

Para quem gosta de um verdadeiro policial, cheio de adrenalina, este não é a leitura ideal. Já para quem gosta de um pouco de história, aliada a uma investigação de um crime, A Ilha da Entrada é uma leitura que não pode perder. 
A cada livro que leio de Peter May, mais rendida fico em relação à sua escrita forte, e à escolha dos temas.  




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