sábado, 14 de janeiro de 2017

A Criança de Fogo - S. K. Tremayne [Opinião]

Título: A Criança de Fogo
Autor: S. K. Tremayne
Editor: TopSeller
Páginas: 352

Sinopse:
Quando Rachel se casa com David, tudo parece encaixar-se. Ao mudar-se de uma vida de mãe solteira para a bela mansão Carnhallow na Cornualha, ela ganha riqueza, amor e até um irmão para a sua filha, Millie. É então que o seu enteado, Jamie, faz uma previsão assustadora, e a vida perfeita de Rachel começa a desmoronar-se. Assombrada pelo fantasma da falecida mulher de David, a mãe de Jamie, e à medida que suspeita que a morte daquela não tenha sido suicídio, Rachel começa a temer que as palavras do enteado se tornem realidade: «Irás morrer no Natal».

A minha opinião: 
S. K. Tremayne pega na mesma fórmula do livro anterior e leva-nos aos mistérios de uma ilha praticamente isolada de tudo e todos, criando uma história assustadora com fantasmas à mistura.

Se no primeiro livro As Gémeas do Gelo Tremayne nos confunde com a parecença tão evidente entre as gémeas protagonistas, em que, por vezes, ficamos sem saber quem é qual, neste A criança de fogo a semelhança entre a protagonista e uma mulher morta é por demais evidente.

Rachel Daly sempre se marcou pelo feminismo e combatividade. No entanto, o amor leva-a a prescindir da sua liberdade, do emprego e da sua vida londrina para ficar noiva de um viúvo rico mais velho, com uma criança a cargo, e partir para Carnhallow, situada na Cornualha Ocidental.

Sozinha a maior parte do tempo já que o seu marido continua a trabalhar em Londres, Rachel decide tirar o máximo partido da enorme casa onde agora vive e tentar descobrir mais sobre aquele local. A sua curiosidade leva-a a desvendar alguns segredos que ninguém quer ver revelados. A par disso, o seu enteado parece-lhe, a cada dia que passa, estranho, e apanha-o a falar sozinho.

À medida que o livro avança, o medo impõe-se, tanto na protagonista como em mim enquanto leitora. Sim, cheguei mesmo a assustar-me tal a intensidade da narrativa, o que me levou a não querer parar a sua leitura até que terminasse e soubesse, por fim, o destino das personagens.

Adorei o mistério, o facto de me ir enganando ao longo do livro e nunca conseguir desvendar o final, e as personagens que, à sua maneira, trazem riqueza maior ao livro.

Com uma paisagem incrível, sempre em tons de cinzento, que gela a cada capítulo que passa, S. K. Tremayne ganhou mais uma seguidora da sua obra.



Excerto:
"Ter um filho é como uma revolução industrial das emoções. Subitamente, somos capazes de produzir preocupações em massa, e sentimentos de culpa."


2 comentários:

Dora disse...

Por isso é que nunca compro novidades. Gasto dinheiro e fica para lá.
Este tem de ser lido o mais rápido possível!

Maria Manuel Magalhães disse...

Esta não consegui resistir, tive de ler logo que chegou a casa, mas estou como tu. Compro, quer seja novidades quer estejam na minha wishlist e depois não tenho tempo para ler. cada vez leio menos :(

WOOK - www.wook.pt