quarta-feira, 28 de junho de 2017

O Porto das Almas - Lars Kepler [Opinião]

Título: O Porto das Almas
Autor:
Lars Kepler
Tradutor: Regina Valente
Págs.: 392
PVP: 17,70 €

Depois de uma série protagonizada pelo inspetor Joona Linna, já publicada em Portugal pela Porto Editora, Lars Kepler apresentam desta vez um novo protagonista, a soldado Jasmin, e acrescentam uma dose de sobrenatural a uma trama com o ritmo intenso e surpreendente a que já habituaram os seus leitores.

Sinopse:
Jasmin é uma mulher soldado do exército sueco colocada no Kosovo que vive para o filho, Dante, cujo pai é um camarada de armas, um homem instável que tenta afogar os horrores da guerra em álcool e drogas. No Kosovo, Jasmin fica gravemente ferida e, durante a hospitalização, enquanto se encontra entre a vida e a morte, a sua alma parte para uma misteriosa e sobrelotada cidade portuária, um porto de almas, de onde os que morrem jamais regressarão. Mas Jasmin é forte e consegue escapar.
Dois anos após a sua primeira experiência na cidade dos mortos, um acidente rodoviário obriga Jasmin, desta feita acompanhada pelo filho, a regressar: todavia, só ela é que consegue escapar ao porto das almas. O caso de Dante, que está à espera de uma operação, é muito mais grave, e Jasmin não pode abandoná-lo à mercê da cidade misteriosa: a sua única opção é voltar, uma vez mais, e lutar por quem ama, num jogo terrível de vida e morte no qual é provável que saia derrotada.

A minha opinião: 
Se os fãs da dupla Lars Kepler estavam à espera de uma nova aventura de Joona Linna terão de esperar por 2018.

Desta feita a dupla sueca traz-nos um livro completamente diferente do que já tem habituado os seus leitores. Pode dizer-se que é um livro completamente atípico e cujo tema não me agrada particularmente, mas que curiosamente me prendeu de tal maneira que não o conseguia deixar de ler.
Apaixonei-me pela história de Jasmin e das suas experiências de quase morte.

Jasmin é uma mulher soldado do exército sueco em missão no Kosovo até que fica gravemente ferida e é levada para um hospital em Budapeste.

Enquanto está entre a vida e a morte, Jasmin é "levada" para o Porto das Almas, onde vê alguns dos seus homens, soldados, a embarcar numa barcaça.

As imagens do porto na China provinham da noite em que o comando tinha festejado o Ano Novo Chinês enquanto que a fila de pessoas no cais era um reflexo mental dos rapazinhos que esperavam a execução no Kosovo.

Nessa experiência Jasmin conhece um jovem sueco, com ascendência chinesa, que a ajuda a chegar a porto seguro sem se magoar. Sim, porque aquele porto das almas é tudo menos pacífico e todos procuram o mesmo: voltar à vida, alcançando um visto que lhes permita fazer esta "viagem" e são capazes de tudo.

Esta não será a única experiência de Jasmin no porto já que a ex-soldado, uns anos mais tarde, se verá "obrigada" a regressar para poder salvar quem realmente ama. E, ao longo das quase quatrocentas páginas, vamos acompanhando Jasmin, uma mulher que me apaixonou, a expiar os seus medos, a ter de enfrentar todos os que não acreditavam nela e que a julgavam louca.

Sim, já tenho saudades do Joona Linna, mas não importava nada que este fosse o primeiro livro de uma nova série. A dupla garante, com este livro isolado, que não escreve apenas magistralmente policiais, mas que se segura muito bem noutros géneros literários.

Para ler e reter. Recomendo






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