quarta-feira, 21 de junho de 2017

"Uma Autobiografia" de Rita Lee: abrangente, polémica, verdadeira. Com prefácio de Rui Reininho

Título: "Uma Autobiografia" 
Autor: Rita Lee
Abrangente, polémica, verdadeira – tudo o que uma autobiografia deve ser. Com prefácio de Rui Reininho.

"Narrativa impiedosa da autobiografia de Rita Lee pode ser ensinamento à classe artística. Antes de escreverem sobre si mesmos no papel de seres infalíveis, astros da MPB deveriam ler o livro da cantora. Rita Lee retirou o grampo da granada e a jogou no próprio pé. Ao cair, a bomba não só a desintegrou como lançou estilhaços a muitos que um dia estiveram a seu lado." Julio Maria, Estadão.

O livro da artista Rita Lee, publicado a 23 de junho pela Contraponto, é uma autobiografia exemplar, transparente e honesta. Um íntimo olhar sobre a vida de excessos e de grandes aventuras de uma das maiores estrelas do rock brasileiro, com mais de 55 milhões de discos vendidos.

"Uma Autobiografia" é um livro no qual, sem qualquer pudor, Rita Lee revela tudo sobre os backstages da sua vida. Esta é uma obra que põe o dedo na ferida por diversas vezes e conta tudo sem receio de reações. São histórias e histórias apresentadas de forma cronológica que vão traçando não só o retrato de uma vida como do próprio Brasil.

A infância e os primeiros passos na vida artística; a prisão em 1976; o encontro de almas comRoberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo aqui num testemunho sincero, íntimo e sem preconceitos, não fosse esta autobiografia toda ela escrita e concebida – até a própria capa – pela própria Rita Lee, a definitiva "rainha do rock" brasileiro, como a caracteriza Metrópoles, um dos maiores portais de notícias no Brasil.

Uma obra exemplar também para Portugal: mostra o que uma autobiografia deve ser e abre caminho, na Contraponto, a outros livros em que os protagonistas contam tudo. No Brasil, vendeu mais de 100 mil exemplares no primeiro mês e tem tido excelentes críticas por parte da imprensa.

Rita Lee Jones, capricorniana, é cantora, compositora, instrumentista, atriz, escritora e ativista pelos direitos dos animais. Rainha do rock brasileiro, alcançou a impressionante marca de 55 milhões de discos vendidos, tendo iniciado a sua carreira nos anos 1960, em São Paulo, onde nasceu. Atuou diversas vezes em Portugal: a primeira, em 1969, quando tocou no Teatro Villaret e terminou a noite a dançar na discoteca Ad Lib, em Lisboa; a última, em 2008, num espetáculo esgotado, no Coliseu dos Recreios. Em Portugal, os discos de Rita Lee têm sido editados desde os anos 70, entre os quais se destacam Refestança (1977), Mania de Você (1979), Lança Perfume (1980), Saúde (1981),Flagra (1982), Bombom (1983), Vírus do Amor (1985), Flerte Fatal (1987), Bossa'n'Roll (1991), Balacobaco (2003), entre outros.

Excertos do prefácio de Rui Reininho:
"Aqui se revela o apelo irresistível de entrar na dança de Rita Lee Jones num jogo imparável de palavras e obras que nos vem de meados do século passado. A artista, envolvendo-nos numa delicodoce e ácida teia que envolve romance, novela, mistério, ciúme & aventura mas sobretudo amor e roquenrou proporciona-nos uma inesperada crónica dos bons, maus e outros costumes da sociedade dos Estados Unidos do Brasil.

Esta menininha franzina mas duríssima de roer, essa forcinha vinda de um impulso maior que a doce mediocridade, a vulgar aceitação das regras, leva-nos pela mão pela calada e aos sopetões ao terrível mundo do modernidade eléctrica que alguns chamam e apelam rock`n`roll.

Miss Rita empoleirada então em palcos de onde cai, escorrega e patina como verdadeira campeã, vai brilhando com seu olhinho esperto nunca perdendo noção de si, modesta demais quanto ao seu talento, importância e influência; essa noção da sua limitação humana dá-lhe uma dimensão ainda mais fantástica.

Rita Lee, que tanto cantou, ainda nos encanta, com as suas memórias ora hilariantes ora assustadoras numa linguagem neológica em que inventa, por vezes com a colaboração de um fantasminha indesmentível, uma das assombrações que preencheram a sua louca vida louca: lúcida, luxuriante, latina, léxica... Linda."


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