segunda-feira, 24 de julho de 2017

Estou a Ver-Te - Clare Mackintosh [Opinião]

Título: Estou a Ver-Te
Autor:
Clare Mackintosh
Editor: Marcador
Páginas: 352

Sinopse:
Todas as manhãs, Zoe Walker faz o mesmo caminho para a estação de metro, espera no mesmo lugar da plataforma e escolhe o seu assento preferido na carruagem, sem nunca suspeitar que alguém a observa.

Durante uma dessas viagens, certo fim de tarde, enquanto lê o jornal local, Zoe vê a sua cara num dos anúncios: uma foto de má qualidade, um número de telefone e a morada de um website: FindTheOne.com (Encontra-a.com).

Nos dias seguintes, as fotografias de outras mulheres começam a aparecer no mesmo anúncio, e Zoe percebe que foram vítimas de crimes extremamente violentos, incluindo homicídio.

Com a ajuda de uma polícia determinada, Zoe procura saber o que está por trás daquele anúncio perverso, uma descoberta que vai transformar a sua paranoia em pânico total. Alguém anda a seguir todos os seus passos. E Zoe tem a certeza de que alguém próximo de si a escolheu como próximo alvo.

Um thriller obscuro, claustrofóbico e repleto de volte-faces.

A minha opinião:
Depois de Deixei-te ir, Clare Mackintosh, colocou a fasquia demasiado elevada para as próximas obras. O romance de estreia foi arrebatador, o que me deixou um pouco apreensiva em relação ao segundo livro, com medo de apanhar uma desilusão.

Felizmente não foi isso que sucedeu e vi-me embrenhada na narrativa de Estou a Ver-te da mesma forma que aquando da leitura do primeiro livro.

O tom de mistério implementado na primeira obra continua com este e isto é o que realmente faz com que goste já tanto desta escritora.

E este livro faz-nos pensar na nossa vida, muitas vezes rotineira, que pode fazer com que haja alguém a seguir os nossos passos e a observar-nos atentamente.


Clare Mackinstosh pega na vida rotineira de Zoe Walker e mostra-nos como podemos estar a ser observados por qualquer um, sem que nos apercebamos disso. Zoe levava uma vida comum a tantas outras. Acordava, apanhava o comboio para o trabalho numa outra cidade e, no fim do dia, regressava a casa. No entanto, o comboio que apanhava era sempre à mesma hora e tentava ir para a mesma carruagem e sentar-se no mesmo sítio. Até ser vítima de perseguição foi um passo.
Ao folhear um jornal dá de caras com a sua fotografia na secção de anúncios, uma fotografia que não sabe onde foi tirada e em que estava praticamente irreconhecível. Intrigada, Zoe decide investigar o porquê de aparecer no jornal e com que fim. Ao abrir o jornal no dia seguinte vê uma outra cara, mas o anúncio é o mesmo. O problema agrava-se quando uma dessas mulheres que aparece nos anúncios é assassinada, o que deixa Zoe cheia de medo.

O pânico é absoluto e Zoe não consegue confiar em ninguém, já que nem a própria polícia acredita na sua história.

Ao longo de 350 páginas, vamos acompanhando esta mulher, ao mesmo tempo que nos questionamos até que ponto podemos estar seguros, dentro das nossas rotinas e de toda a exposição da nossa vida, quer nas redes sociais, quer numa altura em que por questões de segurança mais parece vivermos num big brother.

A autora explora todas estas questões muito bem, fazendo com que a leitura deste livro se torne viciante. Muito bom.




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