sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A Mulher do Meu Marido - Jane Corry [Opinião]

Título: A Mulher do Meu Marido
Autor:
Jane Corry
N.º de Páginas: 464
PVP: 18,85 €

Sinopse:
Lily é advogada e, quando casa com Ed, está decidida a recomeçar do zero. A deixar para trás os segredos do passado. Mas quando aceita o seu primeiro caso criminal, começa a sentir-se estranhamente atraída pelo cliente.
Um homem acusado de assassínio. Um homem pelo qual estará em breve disposta a arriscar tudo.
Mas será ele inocente? E quem é ela para julgar?
Mas Lily não é a única a ter segredos. A sua pequena vizinha Carla só tem nove anos, mas já percebeu que os segredos são coisas poderosas, para obter o que deseja.
Quando Lily encontra Carla à sua porta dezasseis anos depois, uma cadeia de acontecimentos é posta em marcha e só pode acabar de uma forma… a pior que Lily podia imaginar.

A minha opinião: 
O título sugestivo deste livro, publicado pela Planeta, deu-me logo vontade de pegar nele e lê-lo o quanto antes. 

As minhas expectativas não foram defraudadas e, durante uns dias, deliciei-me com a sua leitura. 
A Mulher do Meu Marido conta a história de um jovem casal, ambicioso, que busca o sucesso das suas paixões profissionais. Lily, recém-licenciadas em advocacia, busca ser uma advogada de renome. Ed, trabalha numa agência de publicidade, mas a sua paixão é a pintura. Se Lily alcança o sucesso no primeiro caso criminal que defende, Ed é um pintor frustrado. Durante o dia tem de ir para o trabalho e, nos tempos livres, dedica-se à pintura e à bebida. Cada vez mais à bebida. 
E quem sofre é a união como casal. Até que conhecem a pequena Carla, que aos poucos e poucos se vai instalado na sua vida. 

E é a pequena Carla que mais intriga neste livro. Vítima de bullying por ser italiana e pobre, a pequenita vizinha do jovem casal é um caso de estudo. Filha de mãe solteira que fugiu de Itália precisamente por causa disso, leva uma vida bastante isolada. Sem amigos nem família que não seja a mãe e Larry, um homem com que a mãe se encontra frequentemente, Carla é uma miúda que necessita de atenção. Atenção essa que será dada por Ed e Lily quando estes se propõem a tomar conta dela aos domingos, com a mãe precisa de ir trabalhar. 

A empatia com o casal é grande, sobretudo com Ed que decide pintá-la a todo o momento, tornando-a a sua musa. 

A segunda parte do livro imprime um verdadeiro salto no tempo o que nos permite ver o evoluir das personagens. Carla já não é criança e a relação de Ed e Lily também deu um grande passo. 

Ed granjeou algum sucesso enquanto pintor, embora tenha estagnado. Lily é uma advogada de sucesso, mas o passado ensombra-a e Carla regressa de Itália para se encontrar com os antigos amigos. 

Muito mais que a história em si, Jane Corry realça os pontos fracos das personagens, coisa que me agradou bastante. 
A inicial fragilidade de Lily, que se desvanece depois de ter ganho o primeiro caso. O comodismo de Ed, fruto de uma frustração como pintor, que acaba por causar irritação a cada dia que passa. A pequena Carla, que desde muito nova mostra uma capacidade enorme de manipular, revelando-se a melhor personagem do livro. 
E depois as personagens secundárias, mas que juntas fazem com que este livro resulte muito bem como Lorraine, Larry e Tom. 

  

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