sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Os Vícios dos Escritores - André Canhoto Costa [Opinião]


Título: Os Vícios dos Escritores
Autor:  André Canhoto Costa
Editor: Desassossego
Páginas: 384

Sinopse:
SERÁ QUE UM LOUCO PODE ESCREVER UMA OBRA-PRIMA?
Os especialistas em literatura afirmam que a vida dos autores não tem utilidade para compreender os seus livros. Mas os estudos sobre as grandes obras literárias acabam sempre por explicá-las através da vida e personalidade dos escritores. Kafka era um hipocondríaco vegetariano com um gosto suspeito por menores; Eça de Queiroz, um mulherengo vaidoso com tendência para o cinismo; Camilo Castelo Branco, um maníaco-depressivo, com tendência para o jogo; Dickens manteve uma amante secreta e expulsou a mulher de casa; Gogol era um fanático religioso e um homossexual reprimido; Dostoiévski arruinou financeiramente a família no casino.

Sendo assim, será que a chamada grande Literatura nos pode ensinar alguma coisa sobre a vida? Os Vícios dos Escritores é uma viagem rara e surpreendente sobre os segredos da Literatura, os enigmas da beleza e as imposturas da crítica literária.

A minha opinião: 
A biografia é um género que me agrada muito. Gosto de saber mais sobre a vida da pessoa retratada. E se a personalidade explorada for um escritor ainda mais. 

O Vício dos Escritores é um trabalho exaustivo por parte de André Canhoto Costa que nos dá assim a conhecer as principais fraquezas de escritores consagrados quer no panorama português, quer no internacional. Algumas das histórias já eram conhecidas, pelo menos para mim, mas  há algumas que me surpreenderam e fizeram-me ver alguns autores de uma outra forma. 

Que Camões tem fama de engatatão já toda a gente sabe, mas que Eça de Queirós gostava de mulheres casadas, foi uma surpresa para mim. E eu que pensava que ele era um homem exemplar!

Obviamente que todos estes exageros, seja de bebida, jogo ou até mulheres tem de ser enquadrado num determinado contexto. Exemplo disso é o facto de alguns dos escritores mencionados terem atração por crianças, facto que naquela época não era considerado crime. No entanto, não deixou de me chocar. 

Bem escrito, com pormenores interessantes, este é um livro para se ir lendo e degustando. Ao longo de 384 páginas, o autor vai dissecando a vida, sobretudo os podres de 22 escritores ao mesmo tempo que fala um pouco de si próprio. Gostei a forma como a temática foi explorada e um voto de 5 estrelas para a capa que está fantástica. 






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