quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O Vilarejo - Raphael Montes [Opinião]

Título: O Vilarejo
Autor: Raphael Montes

Ilustrações coloridas dão vida a romance com elementos de horror gótico e suspense

Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.

As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.

A minha opinião: 
Depois de me ter estreado na leitura de Raphael Montes com o livro Dias Perfeitos não descansei enquanto não li todos os seus livros. Lidos em formato ebook já que apenas Dias Perfeitos foi publicado por cá, e aproveitando que a minha cara metade me deu um Kobo pelo Natal, acabei por devorar todos os livros de Montes entre Dezembro/Janeiro. 

O Vilarejo foi o terceiro livro escrito pela autor brasileiro e o último que li. Foi o que menos gostei. Talvez por toda a envolvência gótica, que nos transporta para um pequeno vilarejo praticamente abandonado à sua sorte. Nele habitam personagens surpreendentes que nos vão conduzindo em sete histórias baseadas nos sete pecados capitais.
 
Nestas sete histórias macabras, que podem ser lidas aleatoriamente (embora no fundo estejam interligadas), vamos conhecendo os habitantes daquele vilarejo, cujos pecados vão destruindo aos poucos aquele pequeno lugar. 

Cada personagem tem um pecado capital que vai condicionando a história do pequeno vilarejo e a vida das restantes personagens. O facto de estarem completamente isoladas do mundo, numa pequena povoação que está rodeada de neve e, consequentemente, fome, os habitantes fazem de tudo para sobreviver.

Esta coletânea de contos, bem escrita e ilustrada, foi a minha primeira leitura do ano e a quem não conhece só posso recomendar.



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